terça-feira, 22 de abril de 2008

Em ondas trocadas de um mar sereno
Alisamos revoltas surgidas do vento
Herdadas de dias de sol silenciosos
De pazes compostas em brumas matinais
Voando em curvas sinuosas
Evitando os sonhos desfeitos, esfarrapados
Torneando frios cantos de arrependimento feitos
Miramos ainda do alto das nuvens o que já esquecemos
Inconscientes de que havemos de voltar em tempos passados
Bebemos o fel do presente
Julgando sorrir de tempos futuros
Havemos de unir os extremos de linhas perdidas
De caminhos esquecidos
Páginas de livros que ficaram por ler
Havemos de erguer torres inventadas
Na angustia criada em dias dormentes
Com hábitos trazidos da ponta dos dedos
Na fogueira suave de quem nunca amou.

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