quarta-feira, 23 de abril de 2008

Sinto a tua falta quando me acorda a luz da manha.
Estendo o meu corpo no vazio da procura.
Naquele momento,
Valendo-se da fraqueza lânguida da mente que desperta,
Ataca impiedoso o fantasma do ciúme.
Inseguro na essência, firme no propósito,
Ensaio o quotidiano vade retrum.


Encontro finalmente o equilíbrio
Nos indícios de que existes encontrei.
Numa palavra que escreveste e me conforta,
Na recordação do timbre alegre do teu riso.
E até a saudade híbrida e improvável do teu corpo,
Me erguem o braço que segura,
Com renovado vigor,
A pesada Cruz do exorcismo.

1 comentário:

Maria São Miguel disse...

... opacidades reveladas nas palavras de um poeta... que pouco tem de pateta :)