Aguardo que a lembrança
Se escoe nos dias entre os dedos do tempo,
Que a areia fina, poalha das vidas vividas em nós
Misture no chão, esquecida entre tantas,
A lembrança do jeito que tinhas de olhar-me.
Aguardo hoje, amanhã, depois
Que as horas que giram em círculos monótonos
Desgastem a imagem no fundo dos meus olhos.
Aguardo implorando em surdos lamentos
Que o passar dos minutos me traga o alívio
Às arestas vivas do golpe que o adeus que dissemos
Marcou no meu peito.
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
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