domingo, 25 de janeiro de 2009


Cruzava o rio sereno e manso
E sereno me sentia, quase esquecido
Deixava o pensamento divagar
Devagar pelas lembranças que escolhi
Procurei-as, entre tantas,
Uma a uma:
_ Esta sim, esta não, também aquela…
E compunha a sua ordem com cuidado
Sorrindo distraído e encantado
Não do que sentia agora,
Mas do que houvera sentido
Seguia em frente, atrás voltava
Com o prazer de quem relembra
Os caminhos percorridos em menino
E, de novo, reconstruía
E mais uma vez lembrava
Convertendo o passado na projecção do futuro

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