sexta-feira, 13 de junho de 2008

Será que é possível
Podermos viciar-nos
Na magia que resulta
Das palavras murmuradas
No mais secreto da noite
Por um qualquer feiticeiro?

Será que é possível
Nascer o vício em nós
Da ausência dos sentidos
Que nos ligam e separam
Da antecipação gerada
Nos segredos que revelamos
Em noites perturbadas pelo ciúme?

Será que é possível
Sustentar o vício insidioso
De uma intimidade que avança e trava
Ao sabor de vontades perturbadas
Pela violência de emoções
Marcadas pelo ferro abrasador
Da culpa que sentimos?

Adiamos para amanhã a resposta que ontem deveríamos ter achado
Sustentamos o não sei de todos os dias.

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