quinta-feira, 5 de junho de 2008


Vendi a minha alma vendida.
Mas, como seria esperado,
Não me sinto perdido
E não faria sentido
Que outro negócio fizesse.
Estava escrito no destino
E disso já não duvido
Aliás, só faz sentido.
Almas perdidas condizem,
Todos sabem, é dos livros,
Com destinos nos astros traçados.

Assim, de alma perdida enfrento
Mil faces do dia-a-dia
Com mil capas de ocultar
E mil artes de enganar
Vou escondendo a sua falta.
Mas o sorriso, esse sim
É genuíno, sincero
Porque sorrio a mim mesmo
Pensando alegremente
Que mesmo estando vendida
A vendia novamente.

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