terça-feira, 26 de agosto de 2008

Agora que se equilibram os brilhos
Que os olhos derramam nas curvas do sonho
Agora que se traçam os planos
Os rumos mil vezes traçados em noites longas de visões ternas
Agora que se aplacam os sentidos
No calor gerado no escuro da noite
Agora que o tempo não conta
Não carrega em si a urgência da resposta
Agora que se cruzam os portais do desejado em vidas passadas
Agora que tudo parece criar acalmia, adoçar o carinho
Por que me inquieto eu?
Porque desperto eu nas curtas noites de sonhos pesados?
Porque perco o olhar em horizontes distantes de desconhecido feitos?
Porque me amedronta o encanto que sinto?
Porque volto e uma e outra vez atrás,
Em visitas breves, mas frequentes,
Às angustias da casa que abandonaste?

Sem comentários: