sábado, 6 de setembro de 2008

Andávamos ao sabor da brisa leve,
Perfumada e doce
De uma Primavera que teimava em não ser Verão.
Deixávamos embalar-nos
Em palavras de amor
Pronunciadas no entardecer dos dias
Quando o brilho da tarde se esvanece
E a ternura que a tua voz exprime
Amacia a dureza dos nossos dias.
Hoje, viajando pelas lembranças,
Hoje, noto com o sorriso sobranceiro
De quem sabe,
Como fomos acreditando nos enganos
Em que ambos íamos, diaria
E afanosamente construindo
Conscientes do erro que cometíamos
Mas cuidando sempre que seríamos únicos,
Os primeiros que,
De forma admirável mudaríamos a ilusão
Para a realidade.

Sem comentários: