domingo, 4 de outubro de 2009



Não sabia,
Soube então,
Que o vento não se faz prisioneiro
Que a luz da tarde se escapa em cada ocaso
Retornando vibrante na manhã
Soube então,
Que o cheiro a sal das manhãs à beira mar
Não perdura na minha pele
Sei agora, o que então aprendi
Sei agora que nunca me apropriarei
Do toque de liberdade
Preso nas asas soltas de uma ave
Uma ave que observo no seu voo errante e incerto
Uma ave que se mostra no teu sorriso aberto.
Assim é o brilho selvagem, o lume dos teus olhos
Assim é o traço elegante com que te moves
Sei agora e soube então
Que ter-te é não te ter
E se te tiver
Terás partido.

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